Eu poderia chegar e dizer para vocês que estou casada de falar em Capitu, mas não, eu ainda não me cansei. Apresentei este ano na escola o livro Dom Casmurro, livro do qual eu me apeguei imensamente. Não tão imensamente assim, mas eu queria deixar a frase mais poética, como as palavras de Machado de Assis. De qualquer maneira, por ter gostado tanto do livro, eu procurei adaptações dele para as telas e acabei encontrando a minissérie Capitu.
Quem me conhece sabe que eu sou apaixonada por obras visuais, em forma de filmes, séries, doramas, novelas, etc. Eu gosto de poder enxergar as coisas para ter uma visão mais ampla de uma estória, pois com os livros eu nunca consigo ter essa visão.
Acredito que que todas as pessoas já sabem a estória do livro Dom Casmurro. Para quem não sabe, eu vou dar um pequeno resumão, com alerta de spoilers, claro. É o seguinte: Como o filho anterior da Dona Glória, mãe do protagonista Bentinho, morreu durante o parto, então ela fez uma promessa para que, se o próximo filho dela nascesse saudável, colocaria ele em um convento. Assim o Bentinho nasceu, cresceu e acabou se apaixonando pela vizinha, Capitu.
É uma série tão boa que não senti em nenhum momento uma inferioridade em relação ao livro de Machado de Assis. Aliás, eu gostei mais da minissérie. Por mais que o Machado escreva bem, eu senti em muitos momentos que ele tentava prolongar demais os fatos. Até coisas que eram irrelevante no livro foram mostradas na minissérie de forma que elas fossem vistas apenas fatos rápidos e divertidos para nos mostrar as sismas de alguns personagens.
Sem falar que a minissérie tem trilha sonora, né? E a trilha sonora de Capitu também é algo moderno e tão diferente daquilo que eu tinha imaginado. É algo primoroso!
Eu não falei do caráter dos personagens, como eu geralmente faço, porque a minissérie foi baseada no livro, se eu falasse do caráter dos personagens iria estar falando do livro também, e revelando o grande mistério dele, então decidi manter isso em segredo e falar apenas da produção. Recomendo a todos que leiam o livro Dom Casmurro e que depois assistam a minissérie. Que mudança de ponto de vista meus leitores apreciarão!
Bem, por hoje é só. Sim, foi curtinha a resenha, porque eu só falei do que eu deveria e poderia falar, sem detalhes e nem spoilers.
Espero que tenham gostado e até a próxima viagem!
Quando decidi começar a escrever esta resenha, eu não sabia muito bem o que ia dizer, mas comecei a em tudo o que eu queria dizer durante a apresentação do livro. Tipo, eu não tive muito tempo para dar minha opinião, sem falar que a apresentação era sobre o livro, e não sobre a série. Como eu postei um comentário bem vago no Filmow logo depois de assistir a série, agora eu quero só me iterar mais sobre alguns pontos.
Começando pela abertura. Não sei se eu sou a única pessoa que se importa muito com a capa, trailer e abertura das coisas que assisto. Aquele ditado que diz para nunca julgar um livro pela capa é babaquice. É na capa que o processo de criação se inicia. Se a série tiver uma capa ruim e uma abertura lixosa, eu nem assisto, porque sei que vai ser ruim, o que não é o caso de Capitu.
A abertura de Capitu é aparentemente simples, mas é muito criativa e caprichada. Eu adoro esse efeito rasgado, folha de jornal, etc. É um aperitivo incomparável para o que vem depois.
E logo depois da maravilhosa abertura já contamos com a maravilhosa e grandiosa atuação e narração do ator Michel Melamed, que, na minha opinião, roubou a cena com suas expressões durante a sua fantástica e cômica narração.
Ele interpretou o personagem Bentinho brilhantemente em duas gerações, nem parecia ser a mesma pessoa, eu tive que aplaudir de pé.
Fiquei um pouco deprimida quando olhei a filmografia dele. Como um ator tão bom poderia ter trabalhado tão pouco na TV e no cinema? Espero vê-lo outras vezes, porque é um ator fantástico!
Ah, mas o restante do elenco também não fica atrás. Todos os atores foram realmente muito bons, eu não quero fazer distinção, mas tem aqueles que me surpreenderam mais, como a Letícia Persiles, no papel da jovem Capitu, e o Antônio Karnewale, no papel de José Dias, atores infelizmente sumidos da mídia.
Quando estava lendo o livro, lia com um pensamento tão convencional e chato. Esta minissérie foi uma surpresa, pois a visão do diretor para a estória foi incontáveis vezes melhor do que a crua e chata verdade daquilo que eu tinha imaginado. Apesar de Machado de Assis ter sido um escritor tão perceptivelmente a frente do seu tempo, eu não tinha imaginado a estória de Bentinho e Capitu de uma forma tão moderna, doce e cômico dramática como esta minissérie foi capaz de me proporcionar.
Como eu disse lá no começo da resena, eu não consigo imaginar livros de jeito nenhum. Com esta minissérie eu vi algo muito além do que eu tentava imaginar. São cenas que realmente emocionam não apenas por sua intensidade, mas por suas cores e composições. Pra mim, Capitu, por mais que fosse totalmente fiel ao livro Dom Casmurro, sem nem ao menos alterar as falas, foi uma mudança de ponto de vista, que eu recomendaria qualquer pessoa de experimentar. É uma poesia inovadora, interessante e moderna, fiel ao livro, criativa e bem feita, incrível!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUma excelente adaptação que foi essa minissérie. Foi encantadora do início ao fim, foi realmente um ponto de vista diferente.
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