Luther

John Luther e Alice Morgan. <3
   Não, isso não é uma resenha. Na verdade, é sim, mas tá mais para uma página de comentários do que para uma resenha.
   Luther é uma série policial britânica da BBC, que tem duas excelentes temporadas. Na verdade, a série tem três temporadas, mas a segunda é parece uma marmita sem mistura. Como todas as séries policiais, Luther segue o velho padrão das séries policiais. Cada episódio tem um caso, além daquele caso por temporada que envolve o personagem principal, que quase sempre é um policial sério que sempre atrai a desconfiança da sua equipe, no caso, John Luther.
   Vocês se lembram da péssima resenha que fiz de Vampire Prosecutor? Então, Luther segue quase o mesmo estilo. A diferença entre Luther e outras séries policiais que já assisti, é que em Luther, na maioria dos episódios, não tem, o que pra mim é a processo mais interessante, o processo de investigação. Em Luther desde o começo de grande parte dos episódios, nós já sabemos quem é o assassino.
   Não sou uma grande fã de séries policiais. Só fui descobrir que Luther era uma série policial depois de começar a assistir, por isso continuei, não queria perder o download. 
    Como já disse antes, Luther começa já com a polícia sabendo quem são os assassinos. Por um lado isso é bom, porque já parte direto para a perseguição, é pura ação, não me deixou entediada, ótimo. Mas por outro, é ruim. Além de terem perdido a parte mais interessante, que é a parte de investigação, na maioria dos episódios eu nunca soube como eles chegaram até os assassinos. Não tem um processo, tem muitos furos. É o maior defeito da série. Além disso, os casos não eram assim uma coisa extraordinária. São casos bem comuns e rasos, na verdade. Não consegui sentir nada por nenhum dos suspeitos, pra mim tanto faz. A série deixou de criar uma conexão legal entre o telespectador e os personagens da história. Por outro lado, fiquei muito envolvida na vida pessoal do Luther. Eu, que adoro um melodrama, queria ver no que ia dar aquela história do Luther com a ex-esposa, Zoe. E também com a minha psicopata favorita, Alice Morgan.
   A primeira temporada sem dúvidas foi a melhor. Apesar de ter começado de uma maneira arrastada, foi melhorando conforme os episódios. No final, ela acabou mostrando exatamente o que eu queria ver desde o começo, a relação entre o Luther e os personagens que o cercam, personagens que conhecemos. E termina com um belo chliffanger, um gancho incrível para a próxima temporada.
    Como eu já mencionei, a segunda temporada é uma marmita sem mistura. É chatinha, sem graça e destrói tudo o que a primeira construiu, mas dá pra quebrar o galho.
   E na terceira a série volta a ser tão boa quanto na primeira temporada, só que dessa vez os casos são mais interessantes.
   Sobre os personagens, não tenho muito o que dizer. A maioria dos personagens não significaram nada pra mim. Eu me simpatizei só com o Luther, mas tinha horas que queria voar nele. Também me simpatizei com o Ripley. Ah, e amei a Alice Morgan, uma maravilhosa diva psicopata que John Luther não conseguiu prender. Como amei essa mulher e como queria que ela e o Luther ficassem juntos. Meu lado fangirl não me deixa não fazer esse tipo de comentário. De qualquer maneira, amei mais da Alice do que a série.
    A terceira e última temporada também me ensinou a definição de personagens desnecessários. Aquela Mary Day é bem sem gracinha, não vi utilidade pra essa personagem. E aquele último assassino, Tom, é um cara totalmente contraditório, ainda penso se isso foi proposital.
    No final das contas, posso dizer que valeu a pena ter assistido Luther, mesmo com seus inúmeros furos.
   Vocês sabiam que Luther está concorrendo contra Bonnie & Clyde e The White Queen na categoria de minisséries no Emmy 2014? Eu amei Bonnie & Clyde, ainda mais que o filme original, mas está concorrendo na categoria de melhor minissérie. Eu já considero especiais como filmes, não como séries, porque tem apenas duas partes. E The White Queen também é uma série maravilhosa, acho que Luther ficou mesmo atrás, apesar de também ser uma boa série.
   Como as considerações finais para essa resenha, eu li uma notícia em que disseram que ia ter um spin-off da Alice e um filme de Luther, mas a notícia era do ano passado ou retrasado, sei lá. Acho que os produtores se esqueceram da promessa.
   Pensei que não ia dar nem uma página, mas até que se tornou mesmo uma resenha. And now what?

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